O Dicionário Aurélio dá as seguintes
definições em relação à palavra “Droga”: “sf. 1. Qualquer substância ou
ingrediente usado em farmácia, tinturaria, etc. 2. Medicamento. 3. Substância
entorpecente, alucinógena, excitante, etc. 4. Coisa de pouco valor ou
desagradável”. Em termos simples, podemos dizer que droga é qualquer
substância, que não seja alimento e que se ingerido ou introduzido no
organismo, altere o funcionamento do corpo e/ou da mente. Ou como define a OMS
(Organização Mundial de saúde) “Droga é toda substância que, administrada ao
organismo, produz modificações em uma ou mais funções”.
Existem as chamadas drogas lícitas – comercializadas
livremente de forma legal, como o álcool e o cigarro - e as drogas ilícitas - comercializadas
à margem da lei e sem padrão de regulamentação de sua utilização adequada, como
a maconha o crack, a cocaína, dentre outras.
Referente às drogas ilícitas é
surpreendente observar que muitos não as consideram “de pouco valor ou
desagradável”, pois, segundo dados da ONU, em 1997 havia em todo o mundo 340 milhões de usuários de drogas, entre
elas, heroína, ópio, cocaína, maconha, alucinógenos e barbitúricos. Este
espantoso número é bem maior do que o número total de habitantes de grandes
países como o Brasil ou os Estados Unidos da América.
No entanto, o que nos chama a atenção é
que os maiores problemas de saúde advindos do uso abusivo de drogas não são
apresentados pelos usuários de drogas ilícitas, mas sim pelos usuários das chamadas drogas
lícitas (bebidas alcoólicas e tabaco)
pois o acesso a tais é muito fácil. Embora hajam leis que proíbam a venda de tais
drogas a menores de 18 anos, observamos que essas não são respeitadas. Assim,
tais drogas são comercializadas e consumidas tanto por homens, mulheres e um
número cada vez maior de crianças e adolescentes.
Tomando o cigarro como exemplo, além da
nicotina, droga que causa dependência, são encontradas nele diversas outras
substâncias tóxicas. Entre elas,
acetona, removedor de esmalte, terebintina, que dilui tinta a óleo, formol, conservante
de cadáveres, amônia (desinfetante para pisos, azulejos e privadas), naftalina,
eficiente mata baratas, e fósforo p4/p6 (usado em veneno para ratos).
Concernente ao álcool percebe-se que as bebidas são usadas como um relaxante
social, para esquecer as preocupações, fugir às tensões da vida e, nas classes
mais pobres, para enganar a fome ou aguentar uma vida difícil. O Álcool etílico, extraído da fermentação de
substâncias, causa certa euforia e desinibição nos primeiros minutos e depois
vai deprimindo acentuadamente o Sistema Nervoso Central. A intensidade dos efeitos varia de acordo com
a quantidade de ÁLCOOL ingerida e acumulada pelo organismo. Assim, a partir de
uma concentração de cerca de 0,5 g de álcool por litro de sangue, o indivíduo
começa a se sentir relaxado e tranquilo. Com concentrações entre 0,5 e 1,5 g
por litro os reflexos e a coordenação motora diminuem, surgindo sinais de
embriaguez: o indivíduo anda sem firmeza, tem dificuldade para falar e avaliar
distâncias e menor capacidade de raciocinar e aprender. Entre 1,5 e 2,0 g
começa a chamada INTOXICAÇÃO ALCOÓLICA: nota-se claramente que o indivíduo está
bêbado, pois tem dificuldade de permanecer em pé, apresentando descontrole das
emoções e ideias incoerentes. Com 3,0 g por litro, ele pode ficar inconsciente;
concentrações maiores podem fazê-lo entrar em coma e morrer. O álcool tem sido
o responsável por doenças como cirrose, violência familiar e acidentes de
trânsito.
O problema das
drogas mesmo em cidades pequenas como Taiobeiras é uma realidade que não se pode negar.
Assim, é preciso que as famílias constituam-se em ambientes propícios
para a difusão e discussão de temas imprescindíveis como as drogas. Os pais têm a responsabilidade de tomar a
iniciativa. Nossos jovens precisam ser educados para que não caiam vítimas de
um mundo opressivo o cruel, mas sim para que saiam vitoriosos face ao
“fantástico” mundo das drogas.
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